quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bancos vão destinar 10% de vagas de estágio a alunos do ProUni

Bancos vão destinar 10% de vagas de estágio a alunos do ProUni

Após censo apontar desigualdade no setor, Febraban quer promover a inclusão de mulheres e negros

iG São Paulo | 27/07/2010 12:51

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinará na próxima quarta-feira (28) um protocolo de intenções com o Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e a SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) para promover a inclusão de mulheres e negros, e valorizar a diversidade no setor bancário.

Os bancos vão destinar 10% das vagas de estágio para estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para alunos de baixa renda. O objetivo da ação, segundo a Febraban, é proporcionar "oportunidades de inserção no mercado de trabalho" a negros originários do ProUni e a jovens de maior vulnerabilidade social.

A Febraban estima que no primeiro ano de vigência do acordo 600 jovens poderão obter estágio nas instituições. O acordo começa valer a partir desta quarta-feira.

Desigualdade no setor

A iniciativa surgiu após os resultados do Censo da Diversidade Bancário, realizado pela Febraban em 2009, com 208 mil bancários – mais da metade dos funcionários do setor participaram da pesquisa. Os resultados apontaram que a participação dos negros no setor é de 19%, inferior ao porcentual da força de trabalho formal (32%).

A Febraban avalia que “os desafios da inclusão no setor são enormes”. “Outras questões a serem abordadas são a participação das mulheres negras no que diz respeito a diferenças salariais em relação aos homens e participação em cargos de chefia”, observa a Federação.

O protocolo tem como objetivos fortalecer os processos de administração e gestão de carreiras da mulher, da mulher negra e da mulher com deficiência no setor bancário. De acordo com a Febraban, a proposta com a SPM é elaborar um programa de trabalho voltado para a contratação, qualificação e promoção das mulheres. A entidade espera ter o projeto concluído num prazo máximo de 60 dias.

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