sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

MÃE DE MIRIAN FRANÇA: "PELO MENOS ISSO, QUERO OUVIR A VOZ DELA"

[EXCLUSIVO] MÃE DE MIRIAN FRANÇA: "PELO MENOS ISSO, QUERO OUVIR A VOZ DELA"

Após 10 dias sem contato com a filha Mirian, Valdicea França conseguirá finalmente falar com ela. Após contato feito por intermédio do advogado que a esta assessorando, Humberto Adami - em seu escritório no Rio de Janeiro - o vereador João Alfredo, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza, se comprometeu a visitar Mirian na delegacia e estabelecer comunicação pelo telefone entre as duas amanhã às 9h30.

SOBRE O CASO:

Casos de estupro não são novidade em Jericoacoara. A advogada Paula Pacheco, do Conselho Comunitário de Jericoacoara, entregou há pelo menos 4 anos um dossiê às autoridades locais relatando a situação na região. De lá pra cá, nada foi feito, visto que não houve estupros "seguidos de morte". Parece que estupro não é considerado crime em Jericoacoara...

Agora, com a morte da turista italiana Gaia Molinari, fica um tanto evidente que toda a condução da investigação esteja indo para um outro lado, no intuito de abafar um possível caso de estupro, que poderia abalar o turismo na região, além de trazer à tona os casos anteriores nunca investigados nem resolvidos.

A imprensa corporativa, como sempre, mancha a imagem de Mirian, colocando-a como suspeita, fugitiva, mentirosa, lésbica, assassina e tudo o mais que possa temperar essa trama novelesca que busca forjar uma cena fantasiosa para um crime que precisa de uma solução rápida para acalmar os ânimos diplomáticos com a Itália e manter limpa a imagem do famoso balneário nordestino.

Um detalhe importante, que não tem sido enfatizando pela imprensa corporativa e pela delegacia que investiga o caso, é que Gaia viajou até Jericoacoara no último dia 21 e deveria ter retornado no dia 24. Seu corpo só foi localizado no dia 25 por volta das 15h e, segundo o perito local, não apresentava rigidez cadavérica, o que indicava uma morte recente - que, na média, presumindo-se temperatura amena, começa entre 3 e 4 horas post-mortem, com total efeito do rigor em aproximadamente 12 horas. No entanto, Mirian havia viajado para Canoa Quebrada na véspera, dia 24 de dezembro, o que torna impossível a sua presença na cena e horário do crime.
MÃE DE MIRIAN FRANÇA: "PELO MENOS ISSO, QUERO OUVIR A VOZ DELA"

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